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Conflito árabe-israelense |
Israel e os membros da Liga Árabe |
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██ Países que estiveram em guerra com Israel
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Data | Início de Século XX - presente |
Local | Oriente Médio |
Resultado | contínuo |
Combatentes |
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Os tratados de paz e propostas
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O
conflito árabe-israelense (português brasileiro) ou conflito israelo-árabe (português europeu) é um longo conflito no
Oriente Médio. Ocorre desde o fim do
século XIX, tendo se tornado um assunto de importância em nível internacional a partir do colapso do
Império Otomano em
1917. Marcos importantes para o desenrolar deste conflito foram a autodeterminação do Estado de
Israel e, posteriormente, o relacionamento deste último estado com seus vizinhos árabes, com ênfase para o
povo palestino, que devido a não reconhecer o Estado de Israel, acabou não tendo seu próprio Estado estabelecido.
O conflito teve como resultado o começo de pelo menos cinco guerras de dimensões maiores e um número apreciável de conflitos armados de menores dimensões. Foi também fonte de duas
Intifadas (levantamentos populares).
[editar] Antes de 1947
As tensões entre judeus e árabes começaram a emergir a partir da
década de 1880 do
século XIX, quando
judeus provenientes da
Europa começaram a
emigrar, formando e aumentando comunidades judaicas na
Palestina, quer por compra de terras aos otomanos, quer por compra direta a árabes proprietários de terrenos. Estabeleceram-se assim comunidades agrícolas nas terras históricas da
Judeia e de
Israel, que eram então parte do Império Otomano.
[1]
Historicamente, os antigos
judeus desde os tempos bíblicos chamaram sua terra de
Israel,
Canaã,
Judéia,
Samaria,
Galiléia e outros nomes há muito tempo. Judeus modernos, e alguns cristãos, acreditam que, de acordo com a
Bíblia e a
Torá,
Deus deu esta terra para os antigos
judeus (também conhecido como
hebreus ou
israelitas), liderada por homens como
Abraão,
Moisés,
David, e outros. Cerca de 2.000 anos atrás, o
Império Romano dominou esta área, e, ao suprimir várias
rebeliões judaicas, destruiu o
templo judaico na cidade de
Jerusalém, matou um grande número de judeus, e forçou muitos outros a deixar sua terra natal em um êxodo chamado
diáspora. Nesta ocasião, o
Império Romano mudou o nome da
Terra de Israel para
Palestina. Alguns judeus permaneceram na área, mas um grande número de judeus não retornou até os séculos XIX e XX. No século VII, os
árabes muçulmanos invadiram a
Palestina.
Este é o lugar onde o verdadeiro problema começou entre os judeus, que começaram a chamar a si mesmos "os israelenses", de acordo como o antigo nome de sua antiga pátria de
Israel, e a população
árabe da região que veio a ser conhecido como "palestinos", de acordo com o antigo nome romano e grego da área. Após a
diáspora, os
muçulmanos de língua árabe, que invadiram a
Palestina no século VII, durante a
expansão do Islão, tornaram-se o grupo étnico dominante. De acordo com registros do
Império Otomano, que governou a
Palestina durante vários séculos, no ano de 1900, a população da
Palestina era 600.000, dos quais 94% eram
árabes. Enquanto muitos
árabes estavam dispostos a vender terras aos judeus que chegavam, muitos outros árabes palestinos estavam preocupados sobre como se tornar uma minoria em um país que consideravam seu próprio.
Assinado em janeiro de
1919, o
Acordo Faysal-Weizmann promovia a cooperação árabe e judaica para o desenvolvimento de uma
Terra de Israel na
Palestina e uma nação árabe numa larga parte do
Oriente Médio.
As principais diferenças entre a proposta de partição de 1947 e 1949 linhas de armistício estão em destaque nas cores vermelha e magenta.
Em
1920, a
Conferência de San Remo, suportada em grande medida pelo
Acordo Sykes-Picot (acordo anglo-francês de
1916), alocava ao
Reino Unido a área que presentemente constitui a
Jordânia, a área entre o
Jordão e o
mar Mediterrâneo e o
Iraque. A
França recebeu a
Síria e o
Líbano.
Em
1922, a
Liga das Nações estabeleceu formalmente o
Mandato Britânico para a Palestina e Transjordânia, indo parcialmente ao encontro dos compromissos assumidos pelo
Reino Unido estabelecidos na
Correspondência Husayn-McMahon (
1915-
1916): todas as terras a leste do
rio Jordão eram entregues ao
Emirado da Jordânia (governado por
Abdullah I da Jordânia, mas que estava em parte em dependência do
Reino Unido), deixando a parte a oeste da Jordânia como o
Mandato Britânico da Palestina.
O líder religioso muçulmano
Mohammad Amin al-Husayni opõs-se à ideia de transformar parte da região da Palestina num
Israel, objetando a qualquer forma de
Terra de Israel. Durante a
década de 1920 do
Século XX, as tensões aumentaram dando lugar a episódios de violência tais como as
revoltas de Nebi Musa (
1920) e as
revoltas de Jaffa (
1921). Para satisfazer os árabes e devido à inabilidade britânica para controlar a violência instalada no Mandato, foi criado, em todos os territórios a leste do
rio Jordão, o semi-autônomo
Emirado Árabe da Transjordânia (correspondente a cerca de 80% do território do
Mandato). Apesar disso, a violência continuou a aumentar durante as décadas de 30 e 40, resultando em perdas de vidas em ambos os lados. Alguns dos fatos mais marcantes nesse período foram o
Massacre de Hebron de 1929, as atividades da organização islâmica
Mão Preta, a
grande revolta árabe (1936-1939), os ataques realizados pelo grupo
terrorista Irgun, os massacres como o de
Ein al Zeitun e o
atentado do Hotel Rei Davi em
1946.
[editar] Guerra de 1948
A
guerra árabe-israelense de 1948, também conhecida como a "guerra de independência" (
hebraico: מלחמת העצמאות) ou como "a catástrofe" ("
al Nakba,"
árabe: النكبة), começou após a retirada britânica e com a declaração do
Estado de Israel a
14 de Maio de
1948.
Os árabes rejeitaram o
plano de partilha da Palestina (Resolução 181 de
29 de novembro de
1947 da
Assembleia Geral das Nações Unidas), que propunha o estabelecimento de um estado árabe e outro judaico na região da
Palestina. Milícias árabes começaram campanhas com vista ao controle de territórios dentro e fora das fronteiras estabelecidas.
Tropas da
Transjordânia,
Egipto,
Síria,
Líbano e
Iraque invadiram a
Palestina, ao que
Israel,
Estados Unidos,
União Soviética e
Trygve Lie (Secretário-Geral da
Nações Unidas) consideraram como uma agressão ilegítima. A
China deu o seu apoio às pretensões árabes. Os estados árabes declararam o propósito de proclamar um "Estado Unido da Palestina"
[2] em detrimento de um estado árabe e de um estado judaico. Eles consideravam que o plano das
Nações Unidas era ilegal porque vinha em oposição à vontade da população árabe da
Palestina. Reclamaram também que a retirada britânica tinha deixado um vazio legal em termos de autoridade, tornando necessário a sua atuação com vista à proteção dos cidadãos árabes e das suas propriedades.
[3]
Cerca de dois terços dos árabes da
Palestina fugiram ou foram expulsos dos territórios que ficaram sob controle judaico; praticamente todos os
judeus (em número muito menor) que habitavam territórios ocupados pelos árabes (como por exemplo na cidade de
Jerusalém) também fugiram ou foram expulsos. As
Nações Unidas estimam que cerca de 711 mil
[4] árabes tornaram-se refugiados como consequência do conflito.
As lutas terminaram com a assinatura do
Armistício de Rodes, que formalizou o controle israelita das áreas alocadas ao estado de
Israel juntamente com mais de metade da
área alocada ao estado árabe. A
Faixa de Gaza foi ocupada pelo
Egipto e a
Cisjordânia foi ocupada pela Transjordânia (que passou a se chamar simplesmente de
Jordânia), até junho de
1967, altura em que
Israel voltou a tomar posse desses territórios durante a
Guerra dos Seis Dias.
[editar] Pós-guerra de 1948
Aos palestinos que abandonaram ou foram expulsos das áreas ocupadas pelos israelitas não foi permitido o regresso às suas casas. Deslocaram-se para campos de refugiados localizados em países vizinhos tais como o
Líbano, a
Jordânia, a
Síria e para a área que mais tarde se tornaria conhecida como a
Faixa de Gaza. A
Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente foi criada para melhorar as condições destes refugiados.
Durante as décadas seguintes ao fim da guerra de
1948, entre 700 e 900 mil
judeus abandonaram os países árabes onde viviam. Em muitos casos isto foi devido a um sentimento anti-judeu, ou devido a expulsão (no caso do
Egipto) ou ainda devido a opressões legais (no
Iraque). Deste número, cerca de dois terços acabaram por se deslocar para
campos de refugiados em
Israel, enquanto que os restantes migraram para
França,
Estados Unidos da América e para outros países ocidentais (incluindo a
América Latina).
Até a
Guerra dos Seis Dias a
Jordânia controlou a
Cisjordânia e o
Egipto controlou a
Faixa de Gaza. Em
1950, a
Transjordânia anexou a
Cisjordânia, mas tal facto foi reconhecido apenas pelo
Reino Unido. Ambos os territórios foram conquistados (mas não anexados) por
Israel durante a
Guerra dos Seis Dias. Nem a
Jordânia nem o
Egipto permitiram a criação de um estado palestino nestes territórios.
[editar] Guerra de 1956
-
A
Guerra do Suez, de
1956, foi uma operação conjunta de
Israel,
Reino Unido e
França, na qual
Israel invadiu a
Península do Sinai e as forças francesas e britânicas ocuparam o porto de
Suez para ostensivamente separar as partes conflituosas, apesar de a real motivação destes dois últimos países ter sido a de proteger os interesses dos investidores no
Canal do Suez. Esses interesses tinham sido afectados devido à decisão do presidente egípcio,
Gamal Abdel Nasser de nacionalizar o canal.
Israel justificou a invasão do
Egipto pela necessidade de se proteger de ataques à sua população civil pelos
fedayin e de restaurar os direitos de navegabilidade pelo
estreito de Tiro, que os egícios reclamavam estar nas suas águas territoriais. As forças invasoras concordaram em se retirar, sob pressão internacional, particularmente dos
Estados Unidos da América e da
União Soviética.
Israel se retirou da
Península do Sinai, que foi ocupada por uma força da
Nações Unidas (UNEF), em troca de garantias de utilização e navegabilidade no canal, que afinal ficou sob o controle do
Egito.
[editar] Entre 1956 e 1967
Durante este período deu o surgimento do
Nasserismo; a proclamação da
República Árabe Unida em
1958 e o seu colapso em
1961; disputas entre
Israel e
Síria relacionadas com áreas fronteiriças terrestres e marítimas: a continuação dos ataques dos
fedayin, principalmente a partir da
Síria e da
Jordânia e represálias israelitas; e o aumento do alinhamento dos estados árabes com a
União Soviética, principal fornecedora de armas.
No início da
década de 1960, os estados árabes estabeleceram a
OLP. O artigo 24º da carta (ou pacto) de fundação da
OLP, de
1964 [5] estabelecia: "Esta Organização não exerce qualquer soberania territorial sobre a Cisjordânia, sobre a Faixa de Gaza e sobre a Área de Himmah."
[editar] Guerra de 1967
-
A
Guerra dos Seis Dias decorreu entre
5 e
10 de Junho de
1967. Foi desencadeada por
Israel contra o
Egito e a
Jordânia nos termos de uma guerra preventiva, já que o estado israelita sentia-se ameaçado pela política pan-árabe do presidente egípcio
Nasser (que se traduziu em alianças militares com a
Síria e a
Jordânia) e pela partida de forças das
Nações Unidas presentes no
Sinai desde
1956. Sendo iminente um ataque do
Egito e da
Jordânia, que também mobilizavam suas tropas,
Israel antecipou-se, atacando preventivamente.
Em consequência da guerra,
Israel expandiu-se territorialmente, ocupando a
Cisjordânia (conquistada à
Jordânia), a
Faixa de Gaza e a
Península do Sinai (conquistadas ao
Egito) e os
Montes Golã (conquistados à
Síria). A parte da
Cidade Antiga de Jerusalém (também chamada
Jerusalém Oriental), tomada a
7 de junho por
Israel à
Jordânia, seria reunificada por
Israel com a Cidade Nova, formando um único
município sob jurisdição israelita. Em
1980, uma lei israelita declarou
Jerusalém como capital eterna e indivísivel de
Israel, mas a ocupação de
Jerusalém Oriental é considerada ilegal do ponto de vista do direito internacional, tendo sido condenada por uma resolução das
Nações Unidas.
[editar] Guerra de 1968-1970
-
A
Guerra de Desgaste foi uma guerra entre
Egito e
Israel de
1968 a
1970. Foi iniciada pelo
Egito com o objetivo de reacapturar a
Península do Sinai de
Israel, o qual a havia ocupado desde a
Guerra dos Seis Dias. A guerra terminou com um
cessar-fogo assinado entre os países em
1970 com as fronteiras no mesmo lugar de antes de a guerra começar.
[editar] Guerra de 1973
-
Quando o cessar-fogo entrou em vigor, Israel havia perdido território na parte oriental do Canal de Suez para o Egipto (em vermelho), mas ganhou território a oeste do canal e nos montes Golan (em verde)
A
6 de Outubro de
1973 os exércitos do
Egipto e da
Síria atacaram de surpresa
Israel durante a celebração do
Yom Kippur, com o objectivo de reconquistarem os territórios que tinham perdido.
A
Guerra do Yom Kippur (
1973) começou quando
Egito e
Síria lançaram um ataque surpresa em conjunto, no dia do jejum judeu, no
Sinai e nas
Colinas de Golã. Os egípcios e sírios avançaram durante as primeiras 48 horas, após o que o conflito começou a balançar em favor de
Israel. Na segunda semana da guerra, os sírios foram completamente expulsos das
Colinas de Golã. No Sinai ao sul, os israelitas atacaram o ponto de encontro de dois exércitos egípcios invasores, cruzaram o
Canal de Suez (antiga linha de
cessar-fogo), e cortaram todo o exército egípcio assim que um cessar-fogo das
Nações Unidas entrou em vigor. As tropas israelitas finalmente retiraram-se da região oeste do canal e os egípcios mantiveram as suas posições sobre uma estreita faixa no leste permitindo-lhes a reabrir o
Canal de Suez e clamar a vitória.
[editar] Operação Litani
-
Operação Litani foi o nome oficial da invasão de
Israel no
Líbano até o
rio Litani. A invasão foi um sucesso militar, já que as forças da
OLP foram empurrados para norte do rio. No entanto, o clamor internacional levou à criação das forças de paz
FINUL e de uma retratação parcial israelita.
Mas foram pegos de surpresa devido a ajuda dos
Estados Unidos em relação à armamentos.
[editar] Guerra de 1982 e ocupação
-
A
Guerra do Líbano de 1982 começou quando
Israel atacou o
Líbano, justificada por
Israel como uma tentativa de remover os militantes
Fatah liderados por
Yasser Arafat do sul do
Líbano, onde tinham estabelecido, durante a guerra civil do país, um enclave semi-independente utilizado para lançar ataques
terroristas a civis israelenses.
A invasão, que levou à morte de 20 mil libaneses, foi amplamente criticada tanto dentro como fora de
Israel, especialmente após o ataque da milícia cristã aos palestinos da região, no episódio que ficou conhecido como
massacre de Sabra e Shatila.
Embora o ataque tenha obtido sucesso em exilar
Arafat na
Tunísia,
Israel se indispôs com diversas milícias muçulmanas locais (especialmente o
Hezbollah), que lutava pelo fim da ocupação militar israelense. Em
1985,
Israel se retirou do território libanês, exceto por uma estreita faixa de terra designado por
Israel como a
Zona de Segurança Israelense. A Resolução 425 do
Conselho de Segurança das Nações Unidas confirmou
[6] que, a partir de
16 de junho de
2000,
Israel tinha retirado completamente as suas tropas do
Líbano. Apesar das resoluções 1559 e 1583 do
Conselho de Segurança das Nações Unidas, o
Hezbollah mantém ativa participação no conflito.
[editar] Intifada de 1987-1993
-
A
Primeira Intifada (
1987-
1993) começou como uma revolta dos
palestinos, em particular os jovens, contra a ocupação militar israelense na
Cisjordânia e
Faixa de Gaza. Líderes da
OLP exilados na
Tunísia rapidamente assumiram o controle, mas a revolta também trouxe um aumento da importância dos movimentos nacionais palestinos e islâmicos. A
Intifada iniciou por um grupo de jovens que começaram a atirar pedras às forças de ocupação israelense forças na
Jabalia (
Faixa de Gaza), em dezembro de
1987. Crianças da
Palestina foram os líderes desta revolta e foram chamados
Atfal Al-Hijara, que significa
as crianças das pedras. A
Intifada terminou com a assinatura dos
Acordos de Oslo entre
Israel e
OLP.
[editar] Guerra de Golfo de 1990-1991
-
A
Guerra do Golfo (
1990-
1991) começou com a invasão iraquiana e anexação do
Kuwait e não teve inicialmente envolvimento militar direto com
Israel. Uma coligação internacional liderada pelos
Estados Unidos, que incluía forças árabes foi montada para retirar as forças iraquianas do
Kuwait. Para chamar Israel para o confronto e dividir a coligação multinacional, o
Iraque lançou mísseis
Scud sobre cidades e
instalações nucleares israelenses perto de
Dimona. No entanto, sob forte pressão dos
Estados Unidos, que temiam que o envolvimento direto de
Israel pudesse ameaçar a unidade da coalizão, Israel não promoveu retaliações ao
Iraque e a coalizão multinacional afastou as forças iraquianas do
Kuwait. Durante a guerra, a liderança palestina e o Rei
Hussein da Jordânia apoiaram a invasão iraquiana do
Kuwait. O
Kuwait e outras monarquias árabes do Golfo, em seguida, expulsaram pouco menos de 400 mil refugiados palestinos
[7] e retiraram seu apoio à causa palestina, o que se tornaria um dos fatores que levaram a
OLP a assinar os
Acordos de Oslo.
[editar] Intifada de 2000
-
A
Intifada de Al-Aqsa começou no fim de setembro de
2000, na época em que o líder da oposição israelense
Ariel Sharon e um grande contingente de guardas armados visitaram o complexo
Monte do Templo/
Al-Haram As-Sharif em
Jerusalém e declararam a área território eterno israelita. Amplos motins e ataques eclodiram em
Jerusalém e em muitas das grandes cidades israelenses, e se espalharam por toda a
Cisjordânia e a
Faixa de Gaza. Um grupo israelense de direitos humanos,
B'Tselem, estimou o número de mortos em 3.396 palestinos e 994 israelenses,
[8] embora esse número seja criticado por não mostrar toda a imagem, e não distinguir entre combatentes e civis (terroristas suicidas, por exemplo, são contados entre os mortos) .
[9][10]
[editar] Iniciativa de paz de 2000
-
Em
2002, a
Arábia Saudita ofereceu um
plano de paz no
The New York Times e em uma reunião de cúpula da
Liga Árabe em
Beirute. O plano baseia-se nas
Resoluções 242 e
338 do
Conselho de Segurança das Nações Unidas, mas vai além: basicamente propõe a retirada plena, a solução para o problema dos
refugiados palestinos e a criação de um
Estado palestino com sua capital em
Jerusalém Oriental, em troca de relações totalmente normalizadas com todo o mundo árabe. Essa proposta recebeu o apoio unânime da
Liga Árabe pela primeira vez.
Em resposta, o Ministro das Relações Estrangeiras de
Israel Shimon Peres disse que "… os detalhes de cada plano de paz devem ser discutidos directamente entre Israel e os palestinos, e para tornar isto possível, a
Autoridade Palestina tem de pôr um fim ao terror, às atrocidades que assistimos ontem à noite em Netania", referindo-se ao
ataque suicida realizado em
Netânia.
[11]
[editar] Retirada israelita de 2005
-
Em
2005,
Israel evacuou de forma unilateral os assentamentos e os postos militares avançados da
Faixa de Gaza e do norte da
Cisjordânia.
O plano de desocupação foi uma proposta apresentada pelo Primeiro-Ministro israelense,
Ariel Sharon, adotada pelo governo e aprovada em agosto de
2005, para remover a ocupação permanente de
Israel da
Faixa de Gaza e de quatro assentamentos ao norte da
Cisjordânia. Os civis foram evacuados (muitos de forma forçada) e os edifícios residenciais foram demolidos após
15 de agosto, e a retirada da
Faixa de Gaza foi concluída em
12 de setembro de
2005, quando o último soldado israelita deixou a
Faixa de Gaza. A retirada militar do norte da
Cisjordânia foi concluída dez dias mais tarde.
[editar] Conflito israelo-libanês de 2006
-
O
conflito israelo-libanês de 2006 teve início em
12 de julho de
2006, com um ataque pelo
Hezbollah contra
Israel. Três soldados israelenses foram mortos, e dois foram capturados e feitos prisioneiros no
Líbano. Em uma operação de busca e salvamento para libertar os soldados capturados, mais cinco soldados da
Força de Defesa de Israel foram mortos. Isso marcou o início de uma nova onda de confrontos entre
Israel e o
Hezbollah, que viu a capital libanesa, o único aeroporto internacional libanês, e grande parte do sul do
Líbano serem atacados por
Israel enquanto milícias libanesas, provavelmente do
Hezbollah, bombardeavam o norte de
Israel, atingindo até a cidade israelense de
Haifa, ao sul do país. Centenas de civis foram mortos, inclusive 90% das vítimas libanesas de ataques aéreos israelenses. Crescem as preocupações de que a situação venha a ficar ainda pior, com a possibilidade de
Síria ou
Irã envolverem-se. Mas um
cessar-fogo foi assinado, entrando em vigor em
14 de agosto de
2006.
Bombardeio da Faixa de Gaza de 2008
Cidade Antiga (Jerusalém)
A chamada
Cidade Antiga ou
Cidade Velha de Jerusalém é uma área
amuralhada em forma rectangular com 0,9 km² na cidade moderna de Jerusalém. Na Cidade Velha encontram-se vários sítios de fundamental importância religiosa, como o Monte do Templo e Muro das Lamentações para os judeus, a Basílica do Santo Sepulcro para os cristãos e o Domo da Rocha e a Mesquita de al-Aqsa para os muçulmanos.
A Cidade Antiga e as suas muralhas foram nomeadas pela UNESCO Património Mundial da Humanidade em 1981, por indicação da Jordânia.[1] Devido à história conflitiva da cidade e sua soberania indefinida, o país de localização do sítio não está especificado na lista da UNESCO.[2]
[
A área é rodeada por uma muralha mandada construir em 1538 pelo sultão otomano Solimão, O Magnífico. Oito portões permitem o acesso à Cidade Antiga, dividida em quatro bairros: o Bairro Muçulmano, o Bairro Judeu, o Bairro Cristão, e o Bairro Arménio.
O bairro cristão ocupa a parte noroeste da Cidade Antiga e o seu monumento principal é a Basílica do Santo Sepulcro. Inclui o Portão Novo, partilhando o Portão de Jafa com o bairro arménio (que se encontra no sudoeste) e o Portão de Damasco com o bairro muçulmano. Nesta área passa também a Via Dolorosa, o caminho que se julga ter sido percorrido por Jesus com a cruz antes de ser crucificado no Calvário, um pequeno monte na zona nordeste da actual cidade fortificada.
O bairro muçulmano situa-se a nordeste e inclui o Portão de Herodes, o Portão dos Leões (ou Portão de São Estevão) e o Portão Dourado. Nele se situa o Haram ash-Sherif (conhecido como "Monte do Templo" pelos judeus), um santuário no Monte Moriá, onde estão duas mesquitas: a Cúpula da Rocha (ou Mesquita de Omar) e Mesquita de Al-Aqsa.
O bairro judeu, a sudeste, inclui o Portão dos Detritos e o Portão de Sião, a sul do qual se situa o Monte Sião (Sion) e o Túmulo do rei David.
Bairro Muçulmano
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Mapa Quarteirão Muçulmano
O
Bairro Muçulmano é um dos quatro bairros da
Cidade Antiga de Jerusalém, Ele é o maior em extensão e mais populoso dentre os quatro bairros e é situado no canto nordeste da Cidade Antiga, se estendendo do
Portão de Leão no leste, ao longo do muro ao norte do
Templo do Monte ao sul, até a rota do
Muro das Lamentações do
Portão de Damasco no oeste. O caminho da
Via Dolorosa começa neste bairro.
[1]
Bairro Armênio
O Quarteirão Armênio em Jerusalém
O
Bairro Armênio é um dos quatro quarteirões da
Cidade Antiga em
Jerusalém. Embora os
Armênios sejam
Cristãos, o Bairro Armênio é diferente do
Bairro Cristão. Uma vez que esse é o menor dos quatro, com menor número de residentes, os
armênios e seu
Patriarcado Armênio de Jerusalém remanescem independentes das demais influências da Cidade Antiga.